aqui arremesso palavra, perdão se lhe acertar, fique à vontade pra se re(a)tirar. francamente. [entrada franca]
Gostei muito do seu blog, Lígia. Espero ver novos poemas. Abs
cirandao vôo plumário da ave-paraísosob um céu índigo glabro onde espumas na neblinarosáceas luas de cálciover a lamparina de alumínioentre irisantes libélulasao limiar da primaveranum silêncio de garçajá as nuvens entre nuvensplúvias de grafitecobrem a varanda de papoulasah ! ciranda de libélulas !noutros ventos alísiosflutua a auriflama à derivaentre estrelas de nácar turvas asas de seda de um (a)mor cegonas órbitas fímbrias do arco-íris iluminariaa minha línguacomo um colibri em equilíbrio oscilano labirinto de líriose brincos de princesa- um cenário à beira-céu -risos em multilabros num fragmento de soproa soçobrar no vícioem sigilonossos dias rudessobre a têmpora da tardedeslizam como um negro cisne no lago vítreoa trégua do escar-céu cristalino deliras em tramassobre um mar de náuseasneste espelho d’águaque se move em (re)colhidaspálpebrasdonzelas em florescomo pássaros que se vãoas copas das grandes árvores em declínioeste sol em brisanu sobre as vértebrasventre trêmulo em silêncio do orvalho em meus ossosde argilaentre lábiossílabas falésias se estendem sobre o mármore do mar este marnu sobre as vértebrasonde a ave-paraíso (re)pousa na paisagem e intriga
Gostei muito do seu blog, Lígia. Espero ver novos poemas. Abs
ResponderExcluirciranda
ResponderExcluiro vôo plumário
da ave-paraíso
sob um céu índigo glabro
onde espumas na neblina
rosáceas luas de cálcio
ver a
lamparina de alumínio
entre irisantes libélulas
ao limiar da primavera
num silêncio de garça
já as nuvens
entre nuvens
plúvias de grafite
cobrem a varanda
de papoulas
ah ! ciranda de libélulas !
noutros ventos alísios
flutua a auriflama
à deriva
entre estrelas de nácar
turvas asas de seda
de um (a)mor cego
nas órbitas fímbrias
do arco-íris
iluminaria
a minha língua
como um colibri
em equilíbrio oscila
no labirinto de lírios
e brincos de princesa
- um cenário à beira-céu -
risos em multilabros
num fragmento de sopro
a soçobrar no vício
em sigilo
nossos dias rudes
sobre a têmpora da tarde
deslizam como um negro cisne
no lago vítreo
a trégua do escar-
céu cristalino de
liras em tramas
sobre um mar de náuseas
neste espelho d’água
que se move
em (re)colhidas
pálpebras
donzelas em flores
como pássaros que se vão
as copas das grandes árvores
em declínio
este sol em brisa
nu sobre as vértebras
ventre trêmulo
em silêncio
do orvalho em meus ossos
de argila
entre lábios
sílabas falésias
se estendem
sobre o mármore
do mar
este mar
nu sobre as vértebras
onde a ave-paraíso (re)
pousa na paisagem
e intriga